Bom dia, pessoas bonitas deste nosso Ateliê.
Comecei a ler Escrever ficção, de Luiz Antonio de Assis Brasil, com quem tive aulas de escrita criativa em 2014. Tem sido uma leitura rápida e interessante, como costumam ser para mim livros que tratam sobre o fazer da escrita.
Mesmo que as dicas em geral muitas vezes sejam as mesmas livro após livro, gosto de encontrar outras elaborações que tenham sabor de novidade – ainda que não sejam, de fato, originais.
A verdade é que nada é original, tudo sempre vem da mistura ou soma ou recusa daquilo que existiu antes. Há quem pense nisso com desânimo, como se a impossibilidade de ser original significasse que não vale a pena criar. Eu não. Saber que não somos nem seremos inteiramente originais me liberta, é uma pressão a menos sobre minha cabeça enquanto escrevo – e se alguém um dia frequentar minha mente, saberá que vozes proclamando o fracasso não faltam. É bom lembrar que posso fazer apenas o que estiver ao meu alcance, sem a necessidade de ser especial.
Às vezes, quando penso que estou fazendo algo sem valor, procuro me lembrar que cada passinho conta. Fazer um exercício, comentar uma mensagem, se envolver: é isso que movimenta a vida. Mesmo que um texto não seja do meu agrado, mesmo que uma ideia pareça não estar fluindo, quero fazer o possível para dar mais um passinho.
Um passinho ordinário de cada vez, mesmo que seja ler as mesmas dicas articuladas de outra maneira, mesmo que seja colocar as minhas ideias – tão corriqueiras, tão banais, tão sem originalidade – para habitar o papel.
Esse é o convite.
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